Inteligencia Artificial (x) e Inteligencia Humana, ambas são fundamentais

Investimos muito do nosso tempo, energia e dinheiro em nosso aprendizado, nos graduamos, fazemos pós-graduação, MBA e etc. Ingressamos em vários cursos complementares e atualmente estamos empenhados em aprender sobre tecnologia e inteligência artificial, que tem sido um dos conhecimentos mais procurados. Entretanto, não buscamos muito o conhecimento sobre os seres humanos e como eles funcionam, começando conosco. Muitas vezes buscamos a terapia para nos conhecermos melhor, mas não fazemos disso uma meta de estudo, o que é surpreendente, pois lidamos com pessoas seja qual for a nossa profissão.
Até os cursos de liderança têm um conteúdo focado em práticas e metodologias mas, novamente, não se estuda o ser humano com a profundidade necessária. Buscamos o conhecimento da Inteligência Artificial e de como ela pode nos ajudar na contratação de talentos, no ambiente organizacional, no engajamento de talentos e nos negócios, mas não investimos no estudo da “Tecnologia Humana”, que é fascinante.
O funcionamento do ser humano seja no mundo corporativo ou em qualquer outro contexto ainda é muito pouco explorado. Estamos evoluindo com a neurociência, que tem nos trazido muitas informações sobre o funcionamento do cérebro, mas não podemos esquecer que o ser humano é mais do que isso. Ele é resultado da sua genética, suas emoções, história e o contexto no qual está inserido, precisamos conectar esses conceitos e aprofundá-los.
Atualmente, no mundo corporativo temos começado a falar de práticas humanizadas na gestão de pessoas, apesar de considerar que estamos bem atrasados nesse tema, considero que é a grande oportunidade de nos aprofundarmos nesse assunto e por mais incrível que pareça, acredito que foi o avança da tecnologia que tem nos levado a sentir muita falta do conhecimento humano.
A minha proposta aqui é começar uma série de artigos sobre o funcionamento do ser humano com foco no contexto corporativo, onde está a minha maior experiencia e, onde, como Psicóloga, fiz alguns estudos ao longo de mais de 30 anos de vivencia.
Vamos começar entendendo o que impacta fortemente no nosso comportamento, que é o sistema de defesa emocional. Segundo Freud, são estratégias inconscientes que buscam a preservação do nosso equilíbrio psicológico evitando situações que nos levem a conflitos internos. Esse conceito tem similaridades com a neurociência que fala do “comportamentos de evitação”, quando a pessoa evita situações percebidas como ameaçadoras o que, segundo a própria neurociência pode restringir a exposição a situações que envolvam risco e as oportunidades, havendo uma escolha pelo que é familiar e mais seguro.
É claro que o grau de impacto do sistema de defesa na tomada de decisão vai depender da personalidade do executivo, da sua história e do contexto no qual ele está inserido. Portanto, quando queremos contratas executivos ousados é fundamental avaliarmos o perfil do profissional e o contexto onde vamos colocá-lo. Sentir-se seguro nesse contexto vai contribuir para que ele assuma mais ou menos risco.
Eu já vivi experiencias de contratação de executivos com um perfil compatível com o que queríamos para inovação, mas o contexto da nossa organização não foi favorável e o resultado não veio. Portanto, quando alinhamos perfil para seleção precisamos avaliar criteriosamente o nosso ambiente.
Você já viveu um situação como essa? Eu gostaria de interagir sobre essas experiências e conhecer outros exemplos
Bem no próximo artigo eu continuarei a falar sobre esse tema que poderia ser descrito em um livro de tanto conteúdo que tem.

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